domingo, 30 de outubro de 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Halloween ou Pão por Deus

A propósito da data que se aproxima fica a  escolha e a dúvida: halloween ou pão por deus?
 Este ano no J.I. de Vale Côvo decidí explorar os dois , tendo em conta os costumes e vivências das crianças do meu grupo. Assim, mais tarde partilharei convosco as nossas experiências.
Para já ficam alguns dados sobre esta data.

A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão").




Em Portugal, no dia de Todos-os-Santos as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos bandos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. As crianças quando pedem o pão-por-deus recitam versos e recebem como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocam dentro dos seus sacos de pano. É também costume em algumas regiões os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro. Em algumas povoações chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.
Esta tradição teve origem em Lisboa em 1756 (1 ano depois do terramoto que destruiu Lisboa). Em 1 de Novembro de 1755 ocorreu o terramoto que destruiu Lisboa, no qual morreram milhares de pessoas e a população da cidade, que era na sua maioria pobre, ainda mais pobre ficou.
Como a data do terramoto coincidiu com uma data com significado religioso (1 de Novembro), de forma espontânea, no dia em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a população aproveitou a solenidade do dia para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de minorar a situação paupérrima em que ficaram.
As pessoas, percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dado grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam: "Pão por Deus".
Esta tradição perpetuou-se no tempo, sendo sempre comemorada neste dia e tendo-se propagado gradualmente a todo o país.
Até meados do séc. XX, o "Pão-por-Deus" era uma comemoração que minorava as necessidades básicas das pessoas mais pobres (principalmente na região de Lisboa). Noutras zonas do país, foram surgindo variações na forma e no nome da comemoração. A designação indicada acima (Dia dos Bolinhos) em Lisboa nunca foi utilizada, nem era sequer conhecido este nome.
Nas décadas de 60 e 70 do séc. XX, a data passou a ser comemorada, mais de forma lúdica, do que pelas razões que criaram a tradição e havia regras básicas, que eram escrupulosamente cumpridas:
  • Só podiam pedir o "Pão-por-Deus", crianças até aos 10 anos de idade (com idades superiores as pessoas recusavam-se a dar).
  • As crianças só podiam andar na rua a pedir o "Pão-por-Deus" até ao meio-dia (depois do meio-dia, se alguma criança batesse a uma porta, levava um "raspanete", do adulto que abrisse a porta).

sábado, 8 de outubro de 2011

Dia da Alimentação



A alimentação é um dos aspectos mais importantes para o desenvolvimento e o crescimento. Embora o crescimento seja um fenómeno contínuo, o ritmo ou velocidade e as alterações qualitativas e maturativas são diferentes nas várias etapas da vida. Desde o nascimento, podem distinguir-se três etapas de crescimento diferentes e, portanto, necessidades nutricionais variáveis.

O primeiro ano de vida
Durante o primeiro ano de vida, o bebé multiplica por 3 o seu peso inicial e a sua estatura aumenta 50%. O aleitamento materno continua a ser aconselhado como a melhor forma de alimentar o bebé, já que fornece todos os nutrientes necessários ao seu crescimento e desenvolvimento e agentes anti-bacterianos e anti-infecciosos para o seu sistema imunológico.
Por volta dos 6 meses, começam a introduzir-se os alimentos sólidos de forma gradual, começando pelos cereais, para continuar com as frutas, verduras e carne. É importante garantir uma ingestão suficiente de ferro, por exemplo, com cereais enriquecidos e carnes trituradas.
Deve-se tentar que as crianças tenham uma alimentação variada e que na sua dieta se incluam alimentos de todos os tipos.

Fase pré-escolar
É nesta época da vida que se adquirem os hábitos alimentares que, posteriormente, marcarão o estado da saúde. Deve-se tentar que as crianças tenham uma alimentação variada e que na sua dieta se incluam alimentos de todos os tipos, para que elas se habituem aos diferentes sabores e texturas.
Até aos 2 ou 3 anos, quase todas as crianças atravessam uma fase de menor apetite, devido a esta quebra na necessidade de energia. Não se deve forçar uma criança a comer mais do que é necessário, dado que podemos provocar nela uma reacção de rejeição aos alimentos.

Idade escolar
Nesta idade, tal como na anterior, é fundamental comer com regularidade, fazer cinco refeições diárias e não esquecer o pequeno-almoço. A energia e as calorias proporcionadas pelo pequeno-almoço são de grande importância, visto que permitirão conseguir um rendimento adequado, tanto a nível físico como intelectual, nas tarefas escolares e no trabalho diário.
Também é importante consumir lacticínios e alternar uma grande variedade de alimentos, como a carne de diferentes espécies, o peixe, 4 ou 5 ovos semanais, massa e arroz, legumes, verduras e hortaliças.
Deve-se insistir para que as crianças comam fruta natural e recuperem o consumo de pão, dado que os hidratos de carbono fornecidos contribuem para o equilíbrio da dieta.
Necessitam de beber muitos líquidos, especialmente quando está muito calor ou se efectuarem uma grande actividade física, e de moderar o consumo de doces e refrescos.

Adolescentes
Nesta fase, as necessidades nutricionais alteram-se devido ao pico de crescimento que se dá na puberdade, entre os 11 e os 15 anos, no caso das raparigas, e entre os 13 e os 16 anos, no dos rapazes. Por essa razão, deve-se prestar especial atenção às fontes de ferro (carnes magras, peixe, feijão, verduras de cor verde, frutos secos e cereais enriquecidos) e de cálcio (leite, iogurte e queijo).
Relativamente ao ferro, recomenda-se aumentar o consumo de carnes magras, peixe, feijão, verduras de cor verde, frutos secos e cereais enriquecidos com ferro. Para além de uma ingestão adequada de cálcio, para fortalecer os ossos é necessário garantir a ingestão de vitamina D e fósforo, e fazer exercício físico.